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Grupo que atuava na Seduce faturou R$ 50 milhões em propina, diz polícia

Pelo menos 20 empresários e três servidores da secretaria são suspeitos de participação no esquema.

Grupo que atuava na Seduce faturou R$ 50 milhões em propina, diz polícia
Polícia Civil-GO
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Na segunda etapa de uma investigação que apura fraudes em obras realizadas pela antiga Secretaria Estadual de Educação (Seduce), agentes da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT) cumpriram, nesta quinta-feira (6), 17 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Aparecida de Goiânia, e São Luís de Montes Belos.

Titular da DOT, o delegado Marcelo Aires afirma ter indícios de que o grupo criminoso, formado por pelo menos 20 empresários, e três servidores da Seduce faturou, nos últimos oito anos, pelo menos R$ 50 milhões em propina. Ao todo, segundo a Polícia Civil (PC), pelo menos quatro mil obras, no valor total de R$ 600 milhões, teriam sido realizadas pelo grupo criminoso que se instalou na Seduce em 2010.

“São obras pequenas, feitas através de carta convite, que custavam, em média, R$ 150 mil. Sendo que de cinco a 10% deste valor era repassado para quem fazia parte do esquema, que funcionava em duas frentes. A primeira, quando todos os empresários se uniam, e sabiam dos valores das propostas que cada um apresentaria, e a segunda, quando servidores da secretaria eram cooptados para fazer parte do esquema”, relatou Marcelo Aires.

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Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão realizados ontem, agentes da DOT estiveram na casa de um ex superintendente da Seduce, que não teve o nome divulgado, e que mora em um condomínio fechado, de alto luxo, em Goiânia. Além dele, segundo as investigações, outro superintendente e um fiscal de obras que ainda trabalham na secretaria também participavam do esquema criminoso. Eles foram afastados já na primeira etapa da operação.

“O atual superintendente mantinha lá dentro as mesmas pessoas e empresas que realizaram obras no passado. Por isso pedimos, no mês passado, o afastamento dele. E também do gerente de fiscalização, que é quem dá o aval para o pagamento. Agora as investigações continuam, e claro que podem aparecer outras pessoas também envolvidas no esquema”, concluiu o titular da DOT.

Ao final do inquérito, os indiciados responderão por corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, crime tributário e fraude em processos licitatórios, delitos que, somados, têm pena de reclusão superior a 15 anos.

FONTE/CRÉDITOS: Áulus Rincón Mais Goiás
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